O sol ainda não havia despontado no horizonte, mas o céu começava a se tingir de tons alaranjados e rosados, anunciando o primeiro dia. Jesus estava só, mas não sozinho. A areia fria sob seus pés era o primeiro toque do deserto, o início de uma jornada que exigiria muito mais que força física –
O vento cortava o silêncio do deserto. A areia, inquieta, dançava ao sabor das rajadas, e o sol, implacável, lançava seus raios sobre as pedras escaldantes. Não havia sombra, não havia refúgio. Apenas a vastidão seca e o silêncio que gritava verdades para quem tivesse coragem de ouvir. Ali, no coração daquele ermo, Jesus caminhava.